
O SintraSuper realizou, nesta terça-feira (28), no auditório do Sindicato dos Comerciários, assembleia com os demitidos das últimas lojas fechadas do Carrefour na Bahia: Barra, Boca do Rio, Canela e Rio Vermelho. Depois de esclarecimentos feitos pelo Jurídico do Sindicato, os participantes aprovaram o acordo que assegura benefícios além das parcelas rescisórias.
“Essa é uma conquista do Sindicato junto com os funcionários do Carrefour, desde as primeiras demissões em 2024. A empresa não queria negociar nada e agimos rapidamente, com ação jurídica e mobilização, inclusive realiando um grande ato nas ruas de Salvador. Conquistamos o melhor acordo do Brasil”, reforçou a presidenta do SintraSuper, Rosa de Souza.
O advogado do SintraSuper, Diego Freire, apresentou a proposta aprovada, que tem duas opções para quem aderir (que é um ato individual). “O Sindicato fez um trabalho importante para que a empresa assegurasse algo a mais para quem foi demitido. Se não fosse essa luta, as pessoas só teriam os valores da rescisão de contrato”, explicou.
A primeira garante o pagamento de R$ 1.511,00 (piso salarial de 2022), proporcionalmente ao tempo de serviço na empresa, da seguinte forma:
De 0 a 6 meses: metade do valor;
de 6 meses a 1 ano: 1 piso;
de 2 a 3 anos completos: 3 pisos;
de 4 a 5 anos completos: 4 pisos;
acima de 5 anos completos: 5 pisos.
Garante ainda o pagamento de um auxílio-cesta de R$ 150,00 por cinco meses, com cartão para compras em lojas do Carrefour. Por essa opção, quem aderir ao acordo dá quitação total na relação profissional com a empresa, não podendo fazer qualquer reclamação trabalhista depois. Na segunda opção, a pessoa dá quitação parcial e recebe um valor de R$ 300,00, por seis meses, e pode reclamar na Justiça o que considerar que ainda tem direito.
Os dirigentes Dalva Leite, Adilson Alves, Erivaldo José e Anderlei Costa reforçaram a importância do acordo que virou referência no Brasil, após a luta do sindicato. Destacaram que se alguém judicializar, dever procurar o Jurídico do sindicato; que a luta fez a empresa recuar e garantir mais benefícios aos demitidos; e que se não fosse o acordo, os demitidos seriam homologados na empresa, sem fiscalização e sem esses adicionais.