Senadoras impedem votação e centrais fazem vigília nas ruas

Durante a vigília convocada pelas centrais sindicais e a Frente Brasil Popular (FBP), contra a votação da reforma trabalhista pelos senadores, o ponto alto foi a ocupação da Mesa do Senado por várias senadoras, incluindo a baiana Lídice da Mata (PSB). As parlamentares impediram que o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), iniciasse a sessão até que os destaques apresentados para alterar a proposta de reforma sejam analisados em plenário.

Em Salvador, o ato de protesto aconteceu na Praça da Piedade, reunindo sindicalistas, trabalhadores e estudantes. “Não aceitaremos negociar direitos com um Congresso cheio de corruptos. Estaremos nas ruas até derrotarmos as reformas da Previdência e trabalhista e derrubarmos Michel Temer”, afirmou o presidente da CTB Bahia, Pascoal Carneiro.

Segundo a comerciária e vice-presidente da CTB Bahia, Rosa de Souza, o momento é de intensificar mais ações. “Entidades como OAB, CNBB, UNE, as associações de juízes e advogados trabalhistas, já se posicionaram contra as reformas por conta dos prejuízos que causarão ao povo brasileiro. Temos que manter a resistência e a mobilização até o fim”, afirmou.

Para o coordenador da FBP, Walter Takemoto, a luta segue por eleições diretas. “Estão querendo impor Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara, ou o ministro Henrique Meireles. Maia não se elegeu prefeito do Rio e teve apenas 54 mil votos para deputado, não tendo moral para governar o Brasil. Já Meireles, foi presidente do conselho da JBS/Friboi, que comprou deputados para derrubar Dilma. São os mesmos que querem aprovar as reformas. A saída é a convocação de eleições diretas”, enfatizou.

Funcionário do Bompreço e dirigente do Sintrasuper, Evilásio Lima destacou que o governo e seus aliados querem impor uma reforma que vai piorar as relações de trabalho no Brasil, colocando os trabalhadores em situação de extrema vulnerabilidade. “A precarização do trabalho e o trabalho escravo podem voltar”, criticou.

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