Surpreendentemente, os patrões recuaram do seu compromisso e não quiseram aprovar as propostas que estavam previamente discutidas.
Isso significa que poderemos ficar, ainda, sem aumento salarial referente aos meses de março, abril e maio, continuar trabalhando aos domingos e feriados recebendo os valores do ano passado, valor do vale-alimentação defasado e ainda sem melhorar as cláusulas sociais. É isso o que defendem os donos de supermercados.
O Sindicato dos Trabalhadores de Supermercados deixou na mesa dos empresários a seguinte proposta:
- Reajuste dos pisos salariais: 12,5%
- Reajuste dos salários: 12,5%
- Reajuste do vale-alimentação: 12,5%
- Domingos pagos em dinheiro: R$ 31,00 e folga semanal
- Feriados normais pagos em dinheiro: R$ 45,00 mais folga
- Feriados semi-especiais pagos em dinheiro: R$ 67,00 mais folga
- Natal e ano-novo: não funcionar
- Horas-extras: pagamento de 50% das horas trabalhadas no mês e o restante em folgas com adicional de 100%
- Enquadramento salarial para funções que ganham acima do piso
- Jornada semanal de trabalho 6×1
O que fazer
O Sindicato vai convocar os trabalhadores para avaliar essa situação e se posicionar diante de tal situação, decidindo sobre os próximos passos. Entretanto, vai ficando muito claro que não resta alternativa que não seja começar a realização de paralisações, que poderá resultar em greve no setor de supermercados.
O Sintrasuper deixa explícito que não medirá esforços e os trabalhadores precisam atender o chamado, uma vez que são testemunhas do sucesso de vendas e a permanência das lojas lotadas de clientes.
Organizar a greve
Companheiras e companheiros: vamos iniciar a organização da greve na próxima semana. Ou os patrões mudam esse comportamento desrespeitoso e atendem nossas reivindicações, ou responderemos com luta.
Acordo já, ou GREVE!