Campanha salarial: Comerciários responderão com mobilização

Por mais que o Sindicato dos Comerciários venha mostrando as perdas salariais, decorrentes da inflação e a necessidade de avançarmos na busca de um ambiente de trabalho decente, com qualidade de vida para os comerciários, os patrões preferem manter uma atitude insolente, que desrespeita quem faz suas empresas faturarem lucros espetaculares.

No caso do setor lojista, o ineditismo do desrespeito ficou por conta da proposta de realizar negociações fragmentadas, por empresas e setores, o que desconsidera o caráter coletivo e a representação sindical, cuja base é o município. Nos supermercados, os patrões não querem alterar as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho do ano passado e propuseram o percentual de 8% sobre os salários de 2015, dividido em duas vezes e não concordam em efetuar a reposição da inflação.

É hora de mobilizar

Diante da postura de desatenção que os trabalhadores merecem, não resta outra alternativa aos comerciários, que não seja elevar o tom da luta. “Estamos tentando conduzir as conversações na mesa da melhor forma possível. Mas, parece que os patrões não estão compreendendo isso”, afirma o presidente do Sindicato dos Comerciários, Jaelson Dourado.

“Se o diálogo ameno está incompreensível, passaremos a atuar de modo a mostrar que os trabalhadores do comércio de Salvador precisam ser valorizados, pois são eles que fazem o comércio crescer”, manifesta Jaelson Dourado.

Adilson Alves, presidente do Sintrasuper, disse que a proposta patronal demonstra muita timidez, que não corresponde ao tamanho dos grupos supermercadistas baianos. Ele também voltou a afirmar que os trabalhadores não têm a intenção de recuar da necessidade de reposição da inflação, tampouco abrem mão de que se tenha ganho real.

Comerciários responderão com luta

Os comerciários estarão convocando os trabalhadores do comércio para diversas ações, cujo objetivo é conscientizar a categoria do seu descontentamento com a postura patronal e também mostrar aos patrões que, para terem trabalhadores produzindo com eficácia, precisam valorizar seus funcionários.

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