Comerciários da Ebal definem ações em assembleia

Em assembleia realizada na última terça-feira (12/7), os comerciários da Ebal – Cesta do Povo aprovaram a contra proposta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho 2011. Com exceção do reajustes geral, a proposta é idêntica ao acordo assinado entre o Sindicato e os patrões de supermercados, assegurando piso salarial de R$ 630, Dia dos Comerciários, pagamento do trabalho aos domingos e feriados, entre outras cláusulas sociais.

Mesmo aprovando a essência da proposta, os trabalhadores indicaram que o Sindicato deve buscar junto à empresa a reposição total da inflação para os salários acima do piso, que é 6,36%. O atual governo nunca havia proposto reajuste menor que o INPC/IBGE.

Estado de mobilização

A assembleia também decretou estado de mobilização, com possibilidade de greve caso a Ebal não responda a solicitação de reunião feita pelo Sindicato para tratar de outros problemas que estão afetando os trabalhadores. Além disso, os funcionários exigem agilidade no acordo sobre os processos judiciais.

“Haverá greve caso a empresa não ofereça propostas em 30 dias para solucionar os problemas. Temos reunião agendada para esta sexta-feira (15/7), quando apresentaremos o resultado da assembleia e a pauta de reivindicações dos trabalhadores”, afirmou Adilson Alves, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Supermercados (Sintrasuper).

Cobranças

As cobranças são muitas: lojas limpas e abastecidas; funcionários sorridentes; custos baixos; equipe unida; cumprimento de metas, entre outros. Além disso, há o desrespeito à NR 17: caixas sem esteira, iluminação inadequada e cadeiras quebradas. “As condições de trabalho são péssimas, as relações são precárias, o ambiente é doentio e falta segurança. Diversos problemas que prejudicam a vida e a saúde dos trabalhadores. Principalmente as mulheres, que são acometidas com doenças ocupacionais e ficam impedidas de exercer suas atividades laborais”, completou Adilson.

Alimentação, segurança e jornada de trabalho

A Ebal está devendo tickets alimentação dos balanços de março, abril, maio, junho, carnaval e do feriado de 21 de abril. Para o mês de julho, creditou 24 tickets, quando o correto seria 25, sem contar o feriado de 2 de julho. A empresa não paga alimentação para o trabalho extra à noite, quando os comerciários ficam até mais tarde nas lojas para abastecimento e limpeza. A jornada de trabalho diária é de 8h, mas, na maioria das vezes, a equipe que abre a loja é a mesma que fecha. Outra reivindicação diz respeito a segurança. A empresa não está preocupada com quem gera seus lucros. Diversas solicitações foram feitas à administração, sem demonstração de interesse para garantir segurança para pais e mães de família, que continuam ameaçados, presenciando furtos e assaltos.

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