Empresas que mais faturam são as piores para o trabalhador

Empresas campeãs

Do volume total, cerca de 60% ficou para as cinco primeiras colocadas: Extra, com R$ 52 bilhões; Carrefour (Atacadão), com R$ 28; Walmart (Bompreço), com R$ 23; Cencosud (G Barbosa), com R$ 6 e Zaffari, com R$2,9 bilhões. A maioria delas são multinacionais, empresas de capital estrangeiro que se instalam no Brasil, exploram nossa mão de obra, lucram no mercado nacional e aplicam estes lucros fora do país, um processo que impede o crescimento e o desenvolvimento do Brasil. Das cinco, apenas a rede Zaffari é genuinamente nacional, com lojas no estado do Rio Grande do Sul.

Bahia

Na Bahia, as quatro gigantes do setor também são campeãs em denúncias e queixas por parte dos trabalhadores. São elas que cometem os maiores absurdos do comércio. Entre as reclamações estão: assédio moral; perseguições; alimentação de má qualidade; carga horária excessiva; sobre carga de trabalho; desvio de função; etc. Além disso, nas lojas o ambiente de trabalho é nocivo, com fios desencapados e mobiliários que prejudicam a saúde do trabalhador.

Comerciário explorado

O crescimento no faturamento se dá através da exploração dos trabalhadores. Conforme apontou a pesquisa, o melhor índice de eficiência da rede Walmart foi verificado no faturamento por funcionário, com 12,15% de aumento. São estes trabalhadores que abrem mão do convívio familiar e social para gerar lucros e manter a economia e o mercado aquecidos, com lojas em pleno funcionamento de domingo a domingo. São eles também que sofrem com as reclamações dos clientes, que muitas vezes não entendem que os trabalhadores são apenas vítimas do sistema capitalista, que impõe regras cada vez mais crueis no mercado de trabalho. Com toda esta exploração fica fácil entender também o motivo pelo qual a cada ano aumenta o número de pessoas afastadas do trabalho devido a doenças ocupacionais.

O setor é forte e cresce a cada ano

Ainda de acordo com a Abras, o setor está crescente e comemora lucros há muito tempo. Apesar da crise internacional, em 2009 o setor cresceu 6,5%, e em 2010 11,3%. Apesar dos números, quando o assunto é direitos e conquistas a conversa é outra. Para conquistar melhores benefícios e novos reajustes em 2012 mais uma vez os trabalhadores tiveram que cruzar os braços e parar as atividades durante a campanha salarial.

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