O levantamento de 2011 considerou os balanços registrados na base de dados da Serasa, entre janeiro e abril de 2012. Os grandes supermercados apresentaram queda na evolução das vendas de 0,6% em relação a 2010. Já os médios e pequenos tiveram crescimento de 0,1%.
Márcio Torres atribuiu o melhor índice dos estabelecimentos de menor porte ao fato de estarem mais espalhados e conseguirem atender a um maior número de clientes. “Eles estão muito mais perto do consumidor final do que os grandes.”
Ernani compara o preço do arroz: ele foge dos mercados mais caros. De 2009 a 2010, o Brasil registrou alto crescimento econômico, refletindo “o desempenho da renda e do emprego da população”, lembrou Torres. Em 2011, porém, houve um esgotamento de crédito entre os brasileiros, intensificada pela crise internacional. Por essa razão, o consumidor dos supermercados mostrou-se mais cauteloso.
“As pessoas são muito mais racionais na hora de ir ao supermercado do que antes, até para evitar gastar mais do que devem”, disse o gerente.
Para o segundo semestre deste ano, a expectativa de Torres é que haja retorno do crescimento econômico, nos moldes do que ocorreu em 2008. Após a crise que afetou o país naquela época, o consumo interno aquecido ajudou a economia a se fortalecer.
“A única diferença é que, agora, as famílias estão mais endividadas. Mas esse cenário de endividamento tende, aos poucos, a se normalizar “, destacou. No acumulado dos últimos cinco anos, os supermercados apresentaram evolução de 49,4% (médios e pequenos portes) e 41,1% (grande porte), enquanto o comércio em geral cresceu 40,8% no mesmo período.