Josélia reforça importância do 8 de Março na próxima quarta

No centro, Josélia (esquerda) e Rosa lideram o SintraSuper em 2022

Na próxima quarta-feira (8), as trabalhadoras e mulheres brasileiras celebrarão o Dia Internacional das Mulheres. Vários atos acontecerão nas principais cidades do Brasil. Em Salvador, a caminhada começará às 15 horas, da Lapinha até o Pelourinho. A luta das mulheres,  das trabalhadoras de supermercados e, também, da comunidade LGBTQIAP+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersexuais, assexuais e pansexuais), terá o apoio das nossas diretoras e diretores do SintraSuper.

Para a secretária de Gênero, Geração, Raça e Etnia Josélia Santos, o momento é de grande expectativa para pautar temas importantes para as baianas. “Nossa luta é pela valorização das trabalhadoras de supermercado e contra todas as formas de violência contra as mulheres, na sociedade e no trabalho”, afirma.

Segundo Josélia, as mulheres trabalham mais e recebem menos. “Tanto dentro como fora de casa. Por isso precisamos falar sobre a divisão sexual do trabalho e pela vida delas. No ambiente de trabalho remunerado, as mulheres têm mais dificuldade de serem promovidas na carreira e muitas estão na informalidade. Tem ainda o preconceito por idade, cor, etnia, classe, orientação sexual, etc. Isso gera diferenças salariais”, pondera.

JORNADAS EXCESSIVAS

A sindicalista lembra que, na pandemia, com os supermercados abertos e lotados, as comerciárias amargaram altas jornadas no trabalho. “Muitas trabalhadoras tiveram dupla ou mais jornadas, puxadas pela necessidade do confinamento das famílias em casa. A imposição dessas jornadas excessivas é uma realidade ainda imposta às mulheres nos dias de hoje”, enfatiza.

Segundo a dirigente do SintraSuper, outra triste realidade é a violência doméstica, o feminicídio e os assédios. “O Brasil é o quinto país em violência contra às mulheres, e precisamos combater a violência doméstica. Também é importante que ações sejam adotadas no comércio, principalmente nos supermercados, como a criação de campanhas contra o assédio sexual e moral, além de creches ou convênio previstos na Convenção Coletiva. É essencial combater a desvalorização de gênero nas remunerações. É preciso evoluir para o fim da cultura social de violências e um local de trabalho sadio para as mulheres trabalhadoras”, defende.

Josélia destaca a importância do 8 de Março para provocar essas reflexões e buscar soluções, além de convidar as pessoas para a caminhada. “Vamos todas e todos à Lapinha na quarta (8/3), às 15h, fazer um grande ato para celebrarmos essa data importante para as mulheres”, conclui.

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