Já foram realizadas mobilizações nos shoppings Barra, Center Lapa, Iguatemi e Salvador, e nos bairros de Cajazeiras, Pau da Lima, Liberdade e Calçada. “É um absurdo o que os empresários estão fazendo com a categoria. Nossa data base é março e já estamos no mês de novembro e até hoje não tivemos rodadas de negociações pra discutir o reajuste salarial e assinatura da Convenção Coletiva. Os patrões estão chantageando os trabalhadores dizendo que só dão o reajuste se for retirada a alimentação, que conquistamos em 2013. Além da av. Sete, vamos intensificar as paralisações nos shoppings da cidade porque agora é greve.”, afirmou Jaelson Dourado, presidente do Sindicato.
Apoio da Câmara
O vereador Everaldo Augusto, líder do PCdoB na Câmara, abraçou a causa dos trabalhadores. “A campanha Salarial dos comerciários chegou a um determinado impasse que não é mais um problema da categoria, de relação de emprego. Hoje é um problema de toda a cidade. A busca da solução, portanto, é ua responsabilidade de todos nós e a Câmara quer contribuir com isso.por isso que apresentei um Requerimento para a formação de uma Comissão Especial de Acompanhamento das negociações para convencer as empresas a sairem desta posição de se negarem a negociar e buscar um acordo com um bom reajuste salarial.”, disse o edil.
MP e SRTE já foram acionados
Em busca de solução para o impasse, o Sindicato procurou órgãos públicos do trabalho mas as entidades patronais não compareceram às reuniões agendadas. “O Sindicato buscou diversas alternativas para solucionar o impasse como reuniões na SRTE e Procuradoria do Trabalho e não conseguimos solucionar o problema mas não tivemos sucesso. Não restando saída, a greve é a nossa forma de protesto.”, declarou Reginaldo Oliveira, presidente da Fec Bahia.
Apoios
Os comerciários estão recebendo apoio da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), de outras categorias como: metalúrgicos; trabalhadores dos postos de gasolina; das telecomunicações; da construção civil; e dos sindicatos dos comerciários de Vera Cruz, Irecê, Itaberaba, Ipirá, Itatim, Castro Alves e do Sintrasuper. “A CTB não poderia ficar de fora desta luta dos comerciários, que tem história e tradição de ações políticas na categoria. Neste momento o Sindicato mostra sua força dizendo que se não assinar a convenção vamos radicalizar.”, destacou Rosa Souza, vice presidente da CTB Bahia. “Os patrões não assinaram a convenção até agora. Já se passaram 8 meses da data base e os trabalhadores continuam sem aumento e eles ainda querem retirar a alimentação. Vamos à greve! Hoje a avenida sete não funciona!”, completou Adilson Alves, presidente do Sintrasuper.
A defesa da alimentação é de todos
A manutenção da alimentação é defendida por trabalhadores, gestores e também por alguns empresários, como Jorge Francisco. “Desde o ano passado que pago a alimentação aos meu colabores. As pessoas não podem abusar do trabalhador. Pagamos uma micharia pela alimentação e ficam numa amarração pra assinar o acordo. Assim não pode”. “O funcionário trabalhar satisfeito é viável para todo mundo. É preciso que haja bom senso entre as entidades para chegar a um consenso.”, completou Carlos Silva, gerente de loja. “É um direito nosso e os empresários tem que aceitar o acordo do aumento junto com o ticket alimentação.”, completou o comerciário Edson Thiago Mendes.