Setor de supermercados tem alto índice de rentabilidade

De acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), as vendas acumuladas do setor supermercadista cresceram 5,51% em 2009, se comparado com o ano anterior. E para esse ano eles ainda esperam mais. A expectativa é que em 2010 esse índice alcance o crescimento de 9%. A previsão é do próprio setor patronal que aponta o “cenário macroeconômico do Brasil” como positivo para o crescimento do setor e, mais ainda, para a geração de empregos.

Para confirmar a previsão, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, os únicos setores que começaram 2010 aquecidos foram os de material de construção e os supermercados. Esse último cresceu 2,6% em janeiro em relação a dezembro. Já na comparação anual, janeiro de 2010 registrou aumento de 10,2% no comércio varejista em relação ao mesmo período de 2009.

Por esses motivos é inadmissível que exemplos como o da rede Wal-Mart, que se nega a pagar o PPR dos funcionários, encontrem uma justificativa razoável. Se a alegação é diminuição dos lucros como explicar o índice alto apontado pelo próprio sindicato das empresas? Só para constar, o setor movimenta, ao ano, R$170 milhões.

O lucro é ainda maior quando analisado apenas o índice alcançado em dezembro de 2009. Nesse período as vendas aumentaram 31,20% em relação ao mês anterior e foram 6,61% maiores que em dezembro de 2008.

E os números que indicam o aquecimento do setor não param por aí. Dentre as regiões em que se verificou melhor desempenho no volume de vendas em supermercados, a região Nordeste, principalmente o Ceará e a Bahia, tiveram o segundo melhor desempenho do país com crescimento de 5,6%.

O lucro alcançado pelas empresas também é motivado, além da falta de compromisso com o quadro funcional, com a alta nos preços dos produtos oferecidos. Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do mês de janeiro de 2010 apontou o aumento da cesta básica em dez municípios brasileiros, incluindo Salvador que ficou na segunda colocação com reajuste de 1,43%.

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