Caso os pedidos sejam referendados na Justiça, lojas de roupas, acessórios, brinquedos, artesanato, joalheria, livraria, pizzaria e cafeteria que funcionam no Aeroshopping terão que ser desocupadas, resultando na demissão de cerca de 150 funcionários.
Proteção aos comerciários – Força conjunta
A fim de evitar desemprego e perdas para os trabalhadores e comerciantes, o Sindicato dos Comerciários agendou reunião com representantes dos empresários e dos trabalhadores. “A medida tomada pela Infraero é fonte de preocupação porque vai prejudicar o comércio e os comerciários por causa das prováveis demissões. Além disso, tira o controle do capital de empresas locais e coloca nas mãos de grandes redes multinacionais. Precisamos fortalecer a economia através de empresas locais, que geram empregos para pais e mães de família e promovem crescimento.Vamos envolver nas discussões o Sindlojas, Sintrasuper, Sindsuper, Sindhoteis e comerciantes do local para uma ação conjunta a fim de impedir a valorização do capital estrangeiro”, afirmou Jaelson Dourado, Presidente do Sindicato
Acordo
As lojas, cujos contratos venceram em dezembro do ano passado, fazem parte de um grupo de 22 empreendimentos que estão interpelando judicialmente a Infraero. O principal questionamento dos lojistas é o modelo de licitação adotado pela estatal para concessão dos espaços comerciais do aeroporto, no qual ganha a concessão a empresa que oferecer o maior valor de aluguel para o espaço, sem levar em conta fatores como preços e qualidade do serviço.
O impasse entre a Infraero e lojistas se intensificou a partir do vencimento dos contratos de concessão, que até então nunca haviam sido objeto de renovação. A presidente da Associação dos Concessionários Aeroportuários de Salvador (Acap), Maria Angélica Munford, afirma que o embate jurídico entre lojas e Infraero poderia ter sido evitado, caso a estatal tivesse concretizado um acordo esboçado entre as duas partes.
