Americanas demite 1.400 e credores criticam plano de recuperação

Em relatório sobre sua recuperação judicial, a Americanas afirmou que demitiu 1.404 funcionários entre os dias 17 e 24 deste mês. Além disso, fechou uma loja no Mato Grosso. Com essas demissões, o número de funcionários caiu a 35.741.

Além das demissões, outra preocupação parte dos bancos e credores estrangeiros, que fazem objeções ao plano de recuperação da empresa. No último dia do prazo, o BTG Pactual e o Santander Brasil apresentaram suas objeções na justiça do Rio de Janeiro.

Os dois bancos argumentam que o plano não garante a viabilidade das operações da companhia e questionam o valor do aporte proposto pelos três acionistas de referência. As instituições pedem que a justiça determine a instalação de uma Assembleia Geral de Credores (AGC).

Com os bancos, detentores de títulos de dívida (bonds) da empresa no exterior também demonstraram insatisfação com o tratamento diferenciado dado às instituições financeiras.

ARGUMENTOS

Os advogados do Santander afirmam que o estudo da Apsis sobre a viabilidade da companhia não deixa claro “as razões pelas quais seria numericamente razoável esperar que as soluções propostas no plano de recuperação judicial levariam ao soerguimento das Recuperandas e/ou seriam as menos gravosas ao patrimônio de seus Credores”.

Para o BTG Pactual, a principal objeção é relacionada à previsão de aumento de capital “apenas na ordem de R$ 10 bilhões”. Na sequência, os advogados citam discordância em relação ao deságio de 60% previsto para as modalidades de pagamento dos credores quirografários. O documento diz ainda que esse desconto no valor das dívidas chega a 80% na modalidade de pagamento geral.

O BTG reclama do prazo de pagamento de 20 anos dos credores quirografários, das previsões acerca dos créditos retardatários e do “caráter genérico” de diversas previsões do plano.

com informações do Mercado & Consumo e Diário do Comércio

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