A varejista Americanas tenta sair do seu “inferno astral”. A empresa conseguiu, na sexta (13), uma medida cautelar que suspende a cobrança de dívidas da companhia para que, dentro de 30 dias, apresente um pedido de recuperação judicial (RJ).
Mesmo com o processo tramitando em segredo de Justiça, o jornal Extra teve acesso à petição inicial em que a companhia afirma ter dívidas na ordem de R$ 40 bilhões e que deseja aderir à recuperação judicial para “assegurar a preservação de suas atividades empresariais”.
No dia 11, o ex-CEO da empresa, Sergio Real, renunciou ao cargo ao descobrir “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões, que depois vieram se provar ser o dobro do valor anunciado inicialmente.
CREDORES SE MOVIMENTAM
Enquanto a Americanas busca recuperação judicial, credores querem ter o débito abatido. É o caso do banco BTG Pactual, que acionou a Justiça para reaver R$ 1 bilhão em dívidas da companhia. Por enquanto não obteve sucesso.
Outras empresas já pediram proteção judicial contra credores e vieram à falência. O mais recente dos casos é o da Máquina de Vendas, controladora da antiga rede Ricardo Eletro, que pediu recuperação judicial em 2020 e não conseguiu sobreviver à crise, inclusive reputacional, do pedido.
Em nota enviada ao Extra, a Americanas negou que esteja preparando o pedido de RJ, e sim de “medida cautelar que permite um diálogo construtivo com seus credores”.
Com informações do iG