Fica claro que o governo quer fazer a economia funcionar com mais exploração sobre os trabalhadores e não com ações que retomem as grandes obras (são mais de 5 mil paradas no Brasil) e atraiam investimentos.
É o objetivo o MP da “liberdade econômica”, aprovada pela Câmara dos Deputados, nesta terça (13/08), por 345 votos a favor. Ela atinge em cheio a categoria comerciária, pois estabelece o trabalho aos domingos de uma forma mais absurda, só garantindo folga após 4 semanas. Quer dizer: as pessoas podem trabalhar todos os domingos do mês.
Por isso que o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, criticou a medida. Segundo ele, “prejudica o trabalhador, que não terá folga junto com o restante da família”.
SINDICATOS APOSTAM NO ENTENDIMENTO
“É mais um ataque do governo Bolsonaro aos trabalhadores. Vamos ver se os deputados ligados a nossa luta melhoram algo com os destaques. Felizmente, assinamos acordos com várias empresas do comércio, estabelecendo regras que protegem os comerciários quanto ao trabalhos nos domingos e feriados. Estamos lutando para que o Sindicato dos Lojistas assine a Convenção Coletiva para todo o setor”, enfatiza o presidente do Sindicato, Renato Ezequiel.
A importância do entendimento entre as entidades dos trabalhadores e dos patrões é reforçada pela presidenta do SintraSuper, Rosa de Souza. “Assinamos a Convenção Coletiva do setor de supermercados com os empresários, garantindo bons reajustes salariais e regras para o trabalho aos domingos e feriados. Esse é o melhor caminho para desenvolver as atividades econômicas e valorizar os trabalhadores”, afirma.