Nós não vamos pagar nada! Manifestações são retomadas

“Nós, que somos funcionários dos shoppings, não temos direito de vir de carro. Temos que enfrentar horas e horas dentro de ônibus cheios. Além disso, as vendas e a comissão diminuíram porque não tem clientes.”, destacou a comerciária Marinalva Marques.

O ponto de partida foi o Shopping da Bahia, mas o clima vai esquentar ao longo da semana com ações no Barra, Salvador, entre outros. “Somos nós, trabalhadores, que geramos riqueza e que colocamos os shoppings em funcionamento, e qualquer taxa que venhamos pagar será um absurdo. Porque sem o trabalhador nada funciona. Nossa proposta é pela isenção de taxa de estacionamento para os trabalhadores, em especial para os comerciários. Hoje estamos no shopping da Bahia, amanhã estaremos no Barra e quarta-feira no Salvador preparando uma invasão. Vamos ocupar os shoppings da cidade”, afirmou Jaelson Dourado, presidente do Sindicato dos Comerciários de Salvador.

Vereador denuncia jogo duplo

O vereador Everaldo Augusto, que é presidente da Comissão de Direitos dos Cidadãos na Câmara, acredita se tratar de uma cobrança abusiva e denunciou a prefeitura de fazer jogo duplo. “É uma cobrança abusiva, um crime contra a economia popular. Nós estamos pressionado a prefeitura porque achamos que ela tá fazendo jogo duplo. Diz que está fiscalizando, que lutou para evitar e na verdade fez jogo de cena desde o início da ação judicial.”, destacou.

Bancários

Os bancários que laboram nos shoppings também estão sendo prejudicados. “Quem vai a uma agência bancária não vai só obter serviços financeiros, vai também em busca de serviços sociais como: seguro desemprego; fgts; programa Minha Casa, Minha Vida; o Fies. É um absurdo esta cobrança para o conjunto da população que vai usufruir do serviço bancário, que muitas vezes é fundamental para o dia a dia destas pessoas. Pior absurdo ainda é cobrar dos trabalhadores que estão ali no dia a dia laborando.”, disse Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia.

Fec Bahia

Segundo Reginaldo Oliveira, presidente da Fec Bahia, com a decisão os trabalhadores estão sendo expulsos dos shoppings. “Esta cobrança é ruim para a cidade e pior ainda para os comerciários. O consumidor passa nos shoppings uma, duas ou três horas por semana, mas os comerciários são obrigados a passar de 10 a 12 horas e isso vai dá em média R$12 por dia, e por mês R$ 360. Os comerciários foram expulsos dos shoppings”.

O Sintrasuper e a CTB Bahia também estão apoiando o movimento.

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