O sindicalismo baiano ligado à CTB Bahia vai dar sua contribuição à luta política nas eleições municipais de outubro. São várias candidaturas em quase todas as cidades baianas, disputando prefeituras (além de vices) e vagas nas câmaras municipais. Destaque para o movimento sindical da área rural, conduzido pela FETAG-BA, e a APLB, com vários candidatos e candidatas. Essas eleições servem de termômetro para as eleições de 2026, quando elegeremos presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais.
A presidenta da Central no estado e do SintraSuper, Rosa de Souza, destaca a importância das candidaturas sindicalistas. “Seguramente, qualificam ainda mais a política, pela atuação que exercem em suas categorias e em suas cidades. São pessoas respeitadas por isso e gozam de muita confiança na sociedade. Estamos mais próximos dos problemas enfrentados pela classe trabalhadora e a população em seus bairros. Sabemos fazer o debate político e apresentar boas propostas para mudar situações difíceis”, pontua.
Segundo a dirigente, sindicalistas dominam os principais temas de interesse da sociedade: geração de emprego; melhorar o transporte público, escolas e postos de saúde; ter creches para as mães trabalhadoras; cultura; esporte; e outras demandas. “Nesse momento de reconstrução do Brasil com o presidente Lula, temos o desafio de ajudar a eleger prefeitos e prefeitas, vereadores e vereadoras, comprometidos com as lutas sociais e quem mais precisa de políticas públicas. Na Bahia, é importante fortalecer a base de apoio do governador Jerônimo Rodrigues para o nosso estado seguir avançando com esse projeto que tem mais de 16 anos em curso. Por isso, o movimento sindical deve participar ativamente para impedir o avanço da extrema-direita. A CTB se orgulha de ter seus sindicalistas cumprindo esse papel, para prefeituras, vices e câmaras municipais”, enfatiza.
CIDADE E CAMPO
Para o presidente da FETAG-BA, João da Cruz, ter sindicalistas da área rural é importante para fortalecer a defesa do homem e da mulher do campo no interior. “Observamos experiências muito positivas, como de um dirigente de um STTR que se tornou prefeito e melhorou bastante a sua cidade. Temos vice-prefeitos que dão contribuições significativas nas gestões que atuam e muitos vereadores atuantes, que fazem projetos de leis baseados nos interesses maiores dos trabalhadores e da população. Hoje, temos 78 sindicalistas da área rural como vereadores e nossa expectativa é ampliar bastante. Ter nossos companheiros e companheiras nos espaços de poder ajuda a fortalecer o trabalho da Federação e a barrar o avanço da extrema-direita”, destaca.
Com vários candidatos e candidatas da educação, o coordenador-geral da APLB-Sindicato Rui Oliveira fala da importância para o serviço público. “Criamos o projeto há mais de 10 anos, o ‘Mais educação na política’. Entendemos que precisamos disputar a hegemonia do poder, pois o movimento sindical deve fazer a luta econômica e politizar o movimento. É importante ter pessoas do sindicalismo nas câmaras municipais, assembleias legislativas e no Congresso Nacional. Por isso, na base da nossa entidade, temos 280 candidaturas para vereadores e vereadoras, além de mais de 30 candidatos disputando prefeituras. Vemos candidaturas de outras áreas, como a saúde, servidores municipais. É importante termos representações dos servidores nos espaços de poder para a ajudar a melhorar os serviços públicos e transformar a sociedade”, enfatiza.
Nas eleições de outubro, o movimento sindical classista estará disputando esses espaços em, praticamente, todas as regiões e territórios de identidade da Bahia. Várias categorias estarão representadas, como trabalhadores rurais, bancários, comerciários, rodoviários, construção civil, metalúrgicos e operários, além de servidores da saúde, educação e vinculados às prefeituras.
com informações da CTB Bahia