Pesquisa do instituto Plano CDE mostra que entre 45% e 50% da população das classes C, D e E fizeram algum tipo de empréstimo para suprir a alimentação e contas básicas. Nas classes A e B, esse número é de 30%. Os números foram divulgados em reportagem de Lucas Bombana, da Folha de São Paulo., e entre quem quer montar ou investir em um negócio, 46% tomam empréstimo nas classes A e B para isto, enquanto nas classes D e E são 31%.
A grave situação famílias é decorrente pelo baixo crescimento dos últimos anos e do mercado de trabalho precarizado que vem se formando desde a Reforma Trabalhista. O crédito consignado do Auxílio Brasil foi colocado como um dos fatores que pode prejudicar, ainda mais, as famílias já endividadas.
O estudo considera as classes D e E a renda familiar de até 2 mil reais. A classe C2 é entendida entre 2 mil e 3 mil reais e C1 de 3 mil a 6 mil reais. Classes A e B estão acima de 6 mil reais por domicílio. Do total, 50% dos entrevistados pediram dinheiro para familiares e conhecidos no último ano, com a busca de recursos também feita em bancos digitais e tradicionais. Os bancos digitais tem se destacado entre as classes baixas que consideram a facilidade de utilização e a gratuidade da conta como os principais elementos para optarem por sua utilização.
Com as faixas de classe consideradas, foi observado que nas classes D e E metade das pessoas deixaram de comprar tudo o que necessitava de alimentação para saldar dívidas e o estudo ainda indica que, entre os pesquisados, metade da população teve gastos maiores do que a renda, o que impede a formação de alguma poupança, com maior incidência nas classes mais baixas (D e E), alcançando 60%.
Fonte : Vermelho