Com o tema “Esperançar o Brasil pela vida, democracia, soberania e direitos”, uma das maiores centrais sindicais do Brasil, a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) realiza o seu 5º Congresso Nacional, em São Paulo. De forma híbrida, cerca de 3 mil delegados e delegadas de todo o País participam do evento, vários presencialmente e muitos de forma virtual.
Uma das representantes da Bahia, a comerciária presidenta do SintraSuper e da CTB Bahia, Rosa de Souza, destacou os desafios para a classe trabalhadora brasileira. “Gostaria de saudar o nosso congresso em nome da memória do companheiro Wagner Gomes, falecido recentemente. Vamos seguir a sua luta em defesa de dias melhores para quem vive do trabalho”, disse.
Segundo a sindicalista, as centrais têm grandes desafios, junto com a Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo, os movimentos sociais e os partidos de esquerda. “Vamos contribuir para que as futuras lutas sejam mais fortes, pelo Fora, Bolsonaro, por mais empregos e mais direitos, auxílio emergencial de 600 reais e vacinação ampla e urgente para todos. Temos que impedir mais ataques desse governo aos direitos trabalhistas”, defendeu.
Para Rosa, é essencial “valorizar o SUS e os profissionais de saúde, reforçar a luta pela valorização do Salário Mínimo, contra a privatização do serviço público, por crescimento econômico com valorização do trabalho.”
MULHER, JOVENS E CAMPO
A dirigente baiana destacou que é importante ter mais atenção com a mulher trabalhadora. “O capitalismo é mais cruel com as mulheres, pela remuneração desigual e pelas péssimas condições de vida e de trabalho. Vamos lutar pelo direito ao trabalho feminino digno, nas mesmas condições de direitos, funções e remunerações que os homens”, enfatizou
De acordo com a sindicalista, a CTB também deve ter políticas para os jovens trabalhadores, muito afetados pela crise. “Dos 50 milhões de jovens brasileiros com idade de 15 a 29 anos, metade está desempregada. É importante mudar esse quadro e garantir um futuro melhor para nossa juventude”, pontuou.
Rosa não esqueceu quem mora e trabalha no campo. “É essencial reforçarmos a luta dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, pelos direitos da mulher e do homem do campo, e pelo fortalecimento da agricultura familiar”, destacou.