O IPCA-15, índice que mede a prévia da inflação, voltou a subir no mês de outubro, com alta de 0,16%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O valor está acima das previsões feitas pelo mercado financeiro, que estimava alta de 0,09%.
A alta se mantém também no acumulado de 12 meses, totalizando 6,85% até outubro — ainda que este valor seja menor do que nos 12 meses imediatamente anteriores. O índice voltou a subir em outubro, após dois meses seguidos de queda.
Apenas três dos nove grupos de produtos e serviços calculados pelo Instituto registraram queda: transportes (-0,64%), comunicação (-0,42%) e artigos de residência (-0,35%). A queda nos transportes é puxada pela diminuição artificial nos preços dos combustíveis, que registraram queda de 6,14% — parte da política eleitoreira de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes.
O segmento alimentação e bebidas segue em alta, com aumento de 0,21% na prévia da inflação para outubro — contra queda de 0,47% registrada em setembro. Dentro dele, os maiores aumentos são da batata inglesa (20,11%), do tomate (6,25%) e da cebola (5,86%).
Em 12 meses, o grupo subiu 11,43%, ficando atrás apenas do vestuário, que subiu 18,46%. A alta dos preços da cesta básica atinge sobretudo as famílias mais pobres, que são diretamente penalizadas pelas políticas neoliberais do governo federal de extrema-direita.
Fonte: CTB Brasil