Na Câmara, presidenta do SintraSuper destaca papel da categoria

Na manhã desta sexta-feira (5), a Câmara de Vereadores de Salvador realizou sessão especial em homenagem à categoria comerciária e ao comércio, pela passagem do Dia dos Comerciários. O ato contou com a participação de representantes do SintraSuper, Sindicato dos Comerciários, Federação dos Comerciários, Federação do Comércio, Dieese, Sebrae e da secretária de Políticas Para Mulheres da Bahia Julieta Palmeira.

Proponente da iniciativa, o vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB) falou da importância de se valorizar o setor e seus trabalhadores. “A pandemia complicou muito a economia, especialmente para o setor de comércio e serviços, que representam 85% da economia da capital. Queremos o setor forte e também apoiamos a luta do sindicato pela assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho. Vamos seguir pautando temas importante para a economia da cidade e os trabalhadores”, afirmou.

A presidenta do SintraSuper, Rosa de Souza, iniciou a fala prestando solidariedade aos comerciários do setor lojista. “Não é possível ficar quatro anos sem reajuste, prejudicando a categoria e a cidade. O setor de supermercados joga papel importante no desenvolvimento do comércio. Aqui estão as maiores redes do país e em cada bairro tem pequenos e médios mercados, contribuindo para a nossa economia. Por isso, seguimos lutando pela valorização da nossa categoria É muito importante essa sessão como reconhecimento do nosso trabalho”, destacou.

O presidente do Sindicato dos Comerciários, Renato Ezequiel, destacou os números positivos do comércio. “Dados analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com base na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do (IBGE), De janeiro a agosto de 2021, o comércio baiano registrou crescimento das vendas de 7,9%. Maior que no Brasil, que registrou aumento de 5,1%. Está reagindo bem aos efeitos da pandemia e não pode deixar os trabalhadores quatro anos sem reajuste. É o efeito elástico: o salário recebido pelos comerciários volta para compras no comércio”, enfatizou.

Segundo o presidente da FEC Bahia, Reginaldo Oliveira, o setor é o termômetro da cidade. “Falar na economia de Salvador é falar do comércio. Aqui estão grandes shoppings e grandes redes. O comércio se expandiu por toda a cidade, mostrando sua força e contando com o empenho da categoria. É importante assinar a convenção coletiva e valorizar quem tanto contribui com o setor”, afirmou.

PIB, EMPREGOS E MULHERES

Representando os empresários, o vice-presidente da Fecomércio, Kelson Fernandes destacou que o setor representa 85% do PIB de Salvador. “O comércio é o maior gerador de empregos e precisa de ações dos poderes públicos para se fortalecer ainda mais e contribuir com o desenvolvimento da capital baiana”, disse.

Em nome do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), Gustavo Palmeira lembrou que o avanço da vacinação ajudou na recuperação das atividades econômicas. “O comércio em Salvador representa 12% do PIB, mas tem alto grau de informalidade (33% de pessoas sem carteira assinada) e de rotatividade (64% na saida das pessoas do setor). Na Bahia, 18% dos ocupados estão no setor, enquanto sobe para 21,4% em Salvador”, pontuou.

Rogério Teixeira reafirmou o compromisso do Sebrae com a economia da cidade, especialmente para fortalecer os micros e pequenos negócios. “95% da economia é movida por eles, que só ficam com 30% da riqueza produzida. O Sebrae seguirá dando lhes dando apoio, e também aos MEIs (microempreendedores individuais), com capacitação e orientações”, destacou.

Segundo a secretária Julieta Palmeira, as crises vivenciadas no Brasil afetam mais as mulheres, especialmente as trabalhadoras. “São 14 milhões de desempregados, sendo que, acada três pessoas sem emprego, duas são mulheres. Uma pesquisa mostra que 19% das mulheres falam em sair dos seus empregos pois não têm com quem deixar os filhos. Em termos de rendimento médio, as mulheres ganham 84,5% do que ganham os homens na mesmas função. Temos que lutar e ter políticas públicas para mudar esses absurdos”, defendeu.

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