O montante não foi informado pela gerência do estabelecimento. Segundo testemunhas, todos estavam de bonés para dificultar a visualização do rosto, eram de estatura mediana e fugiram num Gol preto, cuja placa não foi anotada. Testemunhas informaram aos agentes da 12ª Delegacia (Itapuã) que os ladrões tinham revólveres calibre 38 e uma pistola.
A primeira atitude da quadrilha foi render um dos seguranças, feito refém em seguida. Com a arma na cabeça do funcionário, eles conseguiram tirar a ação de todos que estavam no supermercado e demais seguranças. Ao anunciarem o assalto, informaram que quem corresse seria baleado. Alguns funcionários viram a movimentação atípica e conseguiram fugir.
Apesar da loja lotada, o grupo não demonstrou qualquer nervosismo. Em quatro meses, 460 estabelecimentos comerciais de Salvador já foram assaltados. O titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, Nilton Thormes, ressalta a necessidade dos comerciantes apresentarem queixas dos assaltos para que a polícia possa ir atrás dos criminosos.
Proteção à saúde do trabalhador
O Sindicato dos Comerciários vai exigir da empresa a emissão do Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT), a fim de garantir direitos aos trabalhadores, que poderão sofrer conseqüências da violência. “Ao trabalhador que presenciou o ato e sofreu o trauma, que é configurado como acidente de trabalho, deve ser resguardado o direito ao acompanhamento médico, para que ele não venha sofrer com problemas psicológicos. Vamos acompanhar o processo e cobrar da empresa a emissão da CAT. Do contrário, acionaremos o Ministério Público até o problema ser resolvido”, afirmou Jaelson Dourado, Presidente do Sindicato.
Os profissionais estão expostos diariamente a todo tipo de violência no interior das lojas, principalmente nos estabelecimentos onde há lotérica e caixas eletrônicos. Além disso, os supermercados estão funcionando como instituições financeiras, ao receber pagamento de contas de água, luz e telefone, o que acaba atraindo ainda mais ações de bandidos.